1120 – Ordem Religiosa e Militar do Hospital (2)
Num post lá atrás estava com muita pressa para chegar a esta data, bem como para chegar ao que viria a ser Portugal e agora não saio daqui. Neste post volto a assinalar a “viragem” ou a acumulação desta Ordem, nesta data, a nível Internacional, das suas “funções”, um tema a que voltarei ainda noutra ocasião. Aliás, antes de chegar a Portugal e de avançar no tempo, se possível, ainda queria “descobrir” alguma coisa sobre Raymond de Puy, pelos vistos, a primeira pessoa a usar a designação de Grão-Mestre desta ordem e não o segundo, como escrevi, por erro, em post anterior. Queria ainda, também se possível, ou seja, se tiver arte e engenho, queria “encontrar” alguma coisa sobre esta Ordem, antes desta data, não num condado Portucalense, mas na “Espanha” em geral.
“… À morte do seu primeiro mestre, Gérard de Martigues, ocorrida em 1119, a Ordem de S. João do Hospital revestia-se ainda de um cariz basicamente assistencial. É só com Raimundo de Puy, segundo mestre, que os cavaleiros de S. João associam os fins militares aos assistenciais. Tal aconteceu num período em que os estados cruzados necessitavam de forças militares adicionais, isto é, depois da segunda metade do século XII, quando a debilidade monárquica e nobiliárquica obrigou a concentrar nesta Ordem Militar não só a segurança dos peregrinos e seus bens, mas também parte da responsabilidade da defesa das localidades cristãs da Terra Santa. A adopção de tarefas militares não implicou contudo o abandono da vocação inicial: as duas vertentes, longe de serem contrapostas, eram complementares, pois ambas se apresentavam aos cavaleiros como caminho de perfeição espiritual.” Por Maria Cristina Almeida e Cunha em Estudos sobre Ordem de Avis
Nota: Embora neste excerto Raimundo seja referido como o segundo grão-mestre, na possibilidade de estar errado de novo, mantenho a minha versão na introdução deste post.