A (graúda) nota da vergonha
Após conferenciar com a restante equipa da “redação” do blogue, dissidi-me a relatar mais um triste episódio passado nos transportes públicos aqui da zona. Embora este espaço não seja propriamente um “balcão de reclamações” desse (ou de outro) serviço, por questões de cidadania (palavra tão em voga por estes dias) não podia deixar de narrar o ocorrido, sob pena de entre o animal irracional e o racional, parecer não existir qualquer diferença. O caso é simples, mas de contornos difíceis de compreender entre “animais racionais”, vulgo “entre humanos”. Pois bem, aqui fica a história: Na zona da Venda Nova, entra na “camioneta” uma “candidata” a passageira, “candidata”, porque infelizmente não passou disso mesmo, que pede um bilhete para o hospital da Amadora (destino da camioneta) e que apresenta uma nota de valor elevadíssimo (??), de 20 euros para pagar a viagem, perante essa nota de valor exorbitante (??), o senhor motorista informa-a de que não tem troco (o bilhete, no mínimo é mais de 2 euros) e, não percebi se lhe fez a proposta “indecente” que parece estar em vigor também na CARRIS, a de ficar com a nota, passar uma guia para a “candidata”, posteriormente, ir levantar esse troco elevadíssimo aonde o diabo perdeu as botas. O certo é que, já que a coisa não se resolvia, o senhor motorista não prosseguiu a viagem e, com a hipócrita frase de desculpa “são as ordens da Empresa”, convidou a “candidata” a abandonar o veículo, ao que esta, primeiramente, ainda se recusou, mas perante a “solidariedade” de alguns passageiros, que tanto insistiram para que saísse, lá ficou “apeada”. E assim se “trata” alguém que quer pagar a viagem, que parece que estava grávida e que não se estava a sentir bem, mas que ousou tentar ir até ao hospital num transporte público, numa carreira de hora em hora, com o “desplante” de só andar na carteira com uma nota tão “graúda”, uma nota de 20 euros! Ainda se fossem os “anjinhos” que entram nos transportes e não “passam cartão” aos senhores motoristas, ainda vá que não vá, agora uma pessoa “normal”, não querem lá ver o abuso!!