A ajudinha
Uma “ajudinha” que mais parece um enérgico empurrão para o abismo. Deve acontecer aqui, ali e acolá, neste Portugal em crise. Em crise económica, mas que mostra outras crises bem mais profundas, a crise de valores, ou no mínimo, de bom-senso, por exemplo. Infelizmente, aquilo ou aqueles que normalmente pouca ou nenhuma importância têm no dia-a-dia, ou têm a importância que devem ter, nem mais nem menos, nestas alturas, são elevadas (ou elevam-se a si próprias) a uma importância descabida e, para a qual, a maior parte das vezes, parecem não estarem à altura, é o caso da denominada “assistência social” e dos seus protagonistas.
Uma espera de mês e meio, para a primeira entrevista, para pedir ajuda alimentar (entretanto, o futuro requerente come o quê?).
AS = Assistente social
R = Requerente (ou, em português vernáculo, o “lixado”)
(…)
AS: Estes recibos de X, são do ano passado, não tem os deste ano?
R: Não, deste ano ainda não consegui pagar, ainda estou em dívida. Por isso é que estou a pedir ajuda, o ordenado não está a chegar para tudo.
AS: Bom, como não tem os recibos deste ano, esta despesa não pode ser considerada. (???)
(…)
E pronto, o processo irá ser estudado e depois o requerente será informado da decisão (se, entretanto ainda estiver vivo, após tanta dieta forçada!).
Cruzes canhoto, Deus me livre e guarde de alguma vez vir a necessitar destas “ajudinhas”!!
Nota: Este Post pode parecer que nada tem a ver com o Casal de São Brás, mas se calhar até tem. E afinal este tema não é transversal a todo o nosso país?