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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Camiões & Camionetas a dormir lá fora

correspondente, 22.09.11

Aqui, como noutro sítio qualquer, não seria uma óptima ideia, existir um parque de estacionamento para os Pesados, junto às localidades, mas fora delas? Eu sei, os motoristas desses camiões, talvez não gostem da ideia, mas devem ser os únicos. Em primeiro lugar, o estacionamento para os carros mais pequenitos, dentro das localidades, aumentava, aumentava e muito, em segundo lugar e por último, deixava-se de ouvir, a partir das 6 e tal da manhã, durante cerca de 10 minutos (no mínimo) um motor a acelerar (para aquecer), meia hora depois, a mesma coisa e, por aí fora, até já serem horas, de eu também saltar da cama. Não há paciência e sono que resista, não estou a morar junto a uma estação de recolha de autocarros, pois não? É que parece mesmo!

Luta com os ecopontos

correspondente, 21.09.11

Uma das coisas que mais me irrita (e acho, a toda a gente) é, de repente, chegar à conclusão de que estive a fazer figura de parvo, por causa de terceiros. A história é muito simples, dentro de portas, numa casa pequena, temos saquinhos e mais saquinhos, com o lixo separado, vamos, alegres e contentes, enfim, colocar alguma coisa nos ecopontos e, depois, apesar da nossa luta com o ecoponto cheiíssimo, temos que deixar o cartão fora dele! Ora bolas, façam-me o favor de despejar os ecopontos e, já agora a horas decentes!

in Os Maias de Eça de Queiroz

correspondente, 20.09.11

“… Pois bem, a ideia era vir a Sintra, respirar o ar de Sintra, passar o dia em Sintra (…) O break rodava na estrada de Benfica: iam passando muros enramados de quintas, casarões tristonhos de vidraças quebradas, vendas com o seu maço de cigarros à porta dependurado de uma guita: e a menor árvore, qualquer bocado de relva com papoulas, um fugitivo longe de colina verde, encantavam Cruges. Há que tempos ele não via o campo! Pouco a pouco o Sol elevara-se. O maestro desembaraçou-se do seu grande cache-nez. Depois, encalmado, despiu o paletó - e declarou-se morto de fome. Felizmente estavam chegando à Porcalhota. O seu vivo desejo seria comer o famoso coelho guisado - mas como era cedo para esse acepipe, decidiu-se, depois de pensar muito, por uma bela pratada de ovos com chouriço. Era uma coisa que não provava havia anos e que lhe daria a sensação de estar na aldeia... Quando o patrão, com um ar importante e como fazendo um favor, pousou sobre a mesa sem toalha a enorme travessa com o petisco, Cruges esfregou as mãos, achando aquilo deliciosamente campestre (…) Os cavalos tinham descansado, Cruges pagou a conta, partiram. Daí a pouco entravam na charneca, que lhes pareceu infindável. De ambos os lados, a perder de vista, era um chão escuro e triste; e por cima um azul sem fim, que naquela solidão parecia triste também. O trote compassado dos cavalos batia monotonamente a estrada.

Não havia um rumor: por vezes um pássaro cortava o ar, num voo brusco, fugindo do ermo agreste (…)

- Ora até que finalmente! - exclamou Cruges, com um suspiro de alívio e respirando melhor. Chegavam às primeiras casas de Sintra, havia já verduras na estrada, e batia-lhes no rosto o primeiro sopro forte e fresco da serra.

E a passo, o break foi penetrando sob as árvores do Ramalhão. Com a paz das grandes sombras, envolvia-os pouco a pouco uma lenta e embaladora sussurração de ramagens e como o difuso e vago murmúrio de águas correntes. Os muros estavam cobertos de heras e de musgos: através da folhagem, faiscavam longas flechas de sol. Um ar subtil e aveludado circulava, rescendendo às verduras novas; aqui e além, nos ramos mais sombrios, pássaros chilreavam de leve; e naquele simples bocado de estrada, todo salpicado de manchas do sol, sentia-se já, sem se ver, a religiosa solenidade dos espessos arvoredos, a frescura distante das nascentes vivas, a tristeza que cai das penedias e o repouso fidalgo das quintas de Verão... Cruges respirava largamente, voluptuosamente …”

Buracos escondidos

correspondente, 20.09.11

Assim tão grande, como dizem as notícias que é o da Madeira, parece que, desses buracos, não os temos por cá, mas que existe um e é bem grande, lá isso existe. Está para lá de uns taipais, fica na zona central do Casal e, pelo menos, já existe há 14 anos, não será um pouco demais? Enfim, a obra ficou a meio, por isto e por aquilo, porém, enquanto ata e desata, podia-se tapar a “coisa” e devolver o espaço aos moradores, não? Quanto mais não fosse, apenas e só, por uma questão estética, um buraco é sempre um buraco e ter uma cratera (apesar de vedada) no centro de uma localidade, não será o mais agradável, pois não?

Nota: Como está vedado, o dito buraco, até pode já ter sido tapado, o que não invalida o comentário, o”mamarracho”, por ali está, uma vedação, a esconder buracos (ou não).

Adivinhos e hortas (supostamente) populistas

correspondente, 19.09.11

Mas porque será que este mundo está cheio de “bons rapazes”, sempre prontos a ajudar a “velhinha” a atravessar a rua, mesmo que ela não o queira? Por outras palavras, porque será que, uns tantos “bons Rapazes”, de um momento para o outro, se lembram de fazer umas “coisas” (ainda bem para eles, é sinal de que têm ideias), mas depois, ao tentar “impingir” a “coisa” aos outros, a uns, intitulam-se representantes de outros e junto desses outros, insinuam-se como “adivinhos” das suas vontades. Concretizando, um grupo de senhores, lembrou-se de “transformar” um local descuidado, numa viçosa horta, até aqui, nada a censurar, o problema é quando se dá o nome à ideia de horta comunitária, pois o local descuidado era público e se diz que “os moradores querem isto e mais aquilo” e, entretanto se agenda reuniões com eles, com mais e mais projectos para o local, projectos que os senhores adivinhos, adivinharam (passe a redundância) que os senhores moradores, sempre desejaram para ali, bem como, estes últimos, sempre desejaram que, os senhores adivinhos, “administrem” a comunitária horta e também que, estes sejam os seus “procuradores”, nas suas supostas reivindicações!

A Capital e os Subúrbios

correspondente, 13.09.11

A Cidade e os seus arredores têm destas coisas, à tardinha, entra-se na porta de um prédio banal, numa rua ainda mais incaracterística, desce-se a escadas até à cave do dito prédio, entra-se numa modesta casa, igual a tantas outras, “tipo” habitação de subúrbio da Capital, ou, vai-se directamente para o campo, perdão, queria dizer, para o quintal E depois, é só esticar as mãos até à figueira ou até à videira e provar os seus frutos, ter atenção aos picos da roseira, não pisar a horta, deixar as malaguetas sossegadas e, depois de se “tratar” de umas tantas sardinhas (ou carapaus) e de outras tantas entremeadas (passe o exagero), tudo bem regado com um bom vinho de Setúbal, então, já com o arroz doce à nossa frente, podemos, enfim, prestar a devida atenção, ao nosso anfitrião, a “arranhar” as cordas de uma viola, numa tentativa (malograda, diga-se de passagem), de acompanhar, outro conviva, também este, numa “luta” com as cordas, mas neste caso, com as cordas vocais, para nos obsequiar, com um fadito (felizmente que, para descanso dos nossos ouvidos, o reportório, não era muito alargado)!

Pavilhão abaixo

correspondente, 13.09.11

Com protestos ou sem protestos, por parte dos senhores Hortelões, aí foi o pavilhão abaixo, pavilhão, que provavelmente, conheciam a algum tempo, sem dúvida alguma, talvez há meia dúzia de meses, ou há um ano ou dois, não? Apenas assinalo o acontecido, porque, esta demolição, acaba por “simbolicamente” marcar, o fim de um espaço, pelo menos, como eu o conheci, o fim das “traseiras”. As “TRASEIRAS”, UM SÍTIO, AONDE, HÁ 35 ANOS, O PAVILHÃO, PARA ALÉM DA SUA FUNÇÃO PRINCIPAL, A DE SER UM COLÉGIO PARTICULAR, TAMBÉM FAZIA PARTE DO vastíssimo “TERRITÓRIO” DOS PUTOS QUE, NAQUELAS “TRASEIRAS” (PRACETA Luís Verney?), por ali, iam percebendo que tinham “asas” e que podiam “voar”.

Ecopontos das noitadas

correspondente, 02.09.11

Nada tenho contra a separação do lixo, antes pelo contrário, apoio todas as iniciativas e mais algumas, que sirvam para reaproveitar os recursos naturais, deste nosso mundo consumista. Apenas sou um pouco “comichoso” no que se refere aos horários escolhidos para se fazer a recolha nestes ecopontos, pelo menos aqui no Casal de São Brás, a recolha chega a ser feita pelas duas da noite, não será um pouco a despropósito? Não será um bocado de falta de respeito, em nome do ambiente, andar a fazer poluição sonora a estas horas? É que posso garantir que o chinfrim acorda qualquer um!

Entretanto, como as férias já foram, vamos a ver se se consegue “arranjar” assuntos mais interessantes, aqui deste cantinho na Amadora, em Lisboa, Portugal.