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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Estacionamento de Carros

correspondente, 30.05.12

A propósito do tema abordado neste blog num dos últimos posts do Correspondente no Casal de S.Brás sobre estacionamento de carros, desta vez, vou falar de carros e respectivo estacionamento, aqui na zona.

Como já referido no meu último post, aqui nesta zona, ser proprietário de um carro, não é um luxo, mas uma necessidade: as distâncias aqui são grandes, algumas estradas são muito rurais e os transportes públicos são poucos e caros.

Na maior parte dos sítios, estacionar, nem é problema; há quase sempre um lugarzinho disponível.

O problema surgiu, de há uns tempos para cá, no centro de Mafra.

Primeiro, todos os estacionamentos começaram a ser pagos, com excepção dos estacionamentos ao redor do Convento. Para além de serem pagos, tinham um limite de tempo de duas ou três horas.

Quando em Dezembro, começaram as obras ao redor do Convento, deixou de haver estacionamento gratuito no centro de Mafra, durante uns tempos.

Ou porque já tinha sido pensado, ou devido à pressão de diversos interessados nestes Parques de Estacionamento gratuitos, um dos Parques passou a ser grátis, durante três horas.

Esses interessados consistiram nos comerciantes e nos seus clientes. O facto de todos os estacionamentos no centro de Mafra passarem a ser pagos, não agradou nem a uns nem a outros. Os comerciantes porque viram os seus clientes a desaparecerem e isto porque, estes viram que ao pagar estacionamento, os serviços e comércio ao seu dispôr, passaram a ficar mais caros. Isto já para não falar do limite de tempo que não dava para tratar de nada.

Por agora, está resolvido, mas como será num futuro próximo? Parece que a ideia é que se estacionem os carros bem longe do centro e depois se utilize um transporte público até ao centro ou algo assim.

Isto ainda é só o que se ouve por aí, mas a ser verdade, eu pessoalmente, não vejo nada de prático nisso; geralmente ando carregada de malas, pelo que não me estou a ver a sair do conforto do meu carro (que carrega com as malas até onde eu quero) apanhar a “carreira”, sair onde a “carreira” fica e não onde eu quero ficar…e como eu, deve haver mais pessoas. E quem paga esse transporte até ao centro? Também me parece uma questão interessante!

Bem, como os caros seguidores deste blog podem constatar, as diferenças entre a cidade e o campo (mesmo que esse campo fique a cerca de50 Km de distância), continuam.

 

Por: Correspondente no Sobreiro - Mafra

Raimundo e Henrique (de Borgonha)

correspondente, 18.05.12

Apenas uns “parênteses” para explicar um pouco a razão destas “aulinhas” de História (Enfim, mas quem sou eu para as dar?). Em primeiro lugar, o objectivo principal é “pegar” nas origens da Ordem do Hospital, de modo a cruzar essa Ordem com a História do casal de São Brás. Por isso começo em 1048, data em que “surge” essa Ordem (ou o “embrião”) em Jerusalém. Paralelamente, procuro seguir outro “fio condutor”, ou seja, acompanhar cronologicamente, esses momentos da História internacional da Ordem do Hospital, com o que se ia passando aqui na Península Ibérica e, eventualmente, encontrar pontos de ligação entre esses dois percursos. Por outro lado, aproveito a ocasião para relembrar (a quem já o sabia) que Portugal, não começou propriamente com o 1º rei, com Afonso Henriques. Pois já existia um “trabalho” feito por “protagonistas” anteriores, que acabaram por ser “ofuscados” pela importância que se dá na História a Afonso Henriques (embora, esta não esteja em causa).

 

Nota: Quanto ao parentesco de Raimundo e Henrique, se Sibila de Barcelona e Sibila da Borgonha, foram a mesma pessoa e se prevalecer a última designação, esta era irmã do pai de Raimundo e seria a mãe do conde Dom Henrique, daí o parentesco de “primos”. Porém, Sibila de Barcelona ou Sibila da Borgonha, talvez não  tivessem sido a mesma pessoa, portanto, quem foi a mãe do conde Dom Henrique, uma ou outra? Se alguém puder e quiser fazer luz acerca deste assunto, aceito de boa vontade a “ajudinha”!

 

1096 - Inicio de las grandes persecuciones de judíos.

1098 - Orden del Císter.

1099 - Toma de Jerusalén por los Cruzados.

1099 - Finaliza la I Cruzada.

1099 - España Cristiana: Fallece el Cid Campeador.

 

1097 – Tomada de Niceia, pelos cruzados

1097 – Vitória dos cruzados francos em Dorileia

1098 – Tomada de Antioquia, pelos Cruzados

1099 – Conquista de Jerusalém, pelos Cruzados

 

1ª Cruzada (1096 – 1099), alguns participantes (do lado cristão)

- Ademar de Monteil, legado papal e bispo de Le Puy; Raimundo IV conde de Toulouse (1041 ou 42 – 1105), participou igualmente na reconquista da Península Ibérica, casou com uma filha de Afonso VI, uma irmã de D.ª Teresa (mãe de Afonso Henriques); Buemundo de Taranto (1058 – 1111); Godofredo de Bulhão (1058 – 1100); Eustácio III, conde de Bolonha; Balduíno de Bolonha; Roberto II conde da Flandres; Hugo I de Vermandois (irmão do rei de França, Filipe I); Roberto II duque da Normandia (irmão do rei de Inglaterra, Guilherme II) e Estevão II conde de Blois.                 

 

Raimundo e Henrique (de Borgonha), a sua chegada à Península Ibérica.

 

“ … A Galiza, incluindo debaixo desta denominação a extensa província portugalense a que naturalmente se devia considerar como incorporado o território novamente adquirido no Gharb muçulmano, constituía já um vasto estado remoto do centro da monarquia leonesa (…) Afonso VI pôde evitar esse

risco convertendo toda a Galiza, na mais extensa significação desta palavra, em um grande senhorio, cujo governo entregou a um membro da sua família, ao qual dera o governo de Coimbra e Santarém logo depois da conquista desta, removendo para o distrito de Arouca Martim Moniz e sujeitando ao novo conde o governador de Santarém, Soeiro Mendes.

O príncipe a quem Afonso deu o regimento desta importante parte da monarquia era um estrangeiro, mas estrangeiro, ilustre por sangue, que viera naturalizar-se na Espanha, arriscando a vida pelo cristianismo e pela monarquia leonesa na terrível luta que durava havia séculos sobre o solo ensanguentado da Península. Raymond, Reimondo ou Raimundo, filho de Guilherme, conde da Borgonha, tinha vindo a Espanha tempos antes, porventura nos fins de 1079 ou princípios de 1080, em companhia da rainha Constância, segunda mulher de Afonso VI, ou no ano de 1086, em que, segundo o testemunho da Crónica Lusitana ou dos Godos, muitos franceses passaram os Pirenéus para a batalha de Zalaca, ou, finalmente, ainda depois, como outros pretendem. O rei de Leão desposou a única filha legítima que tinha, Urraca, havida da rainha Constância, com o conde borgonhês, posto que ela apenas saísse da infância, e encarregou-o do governo de toda a parte ocidental da monarquia e da defensão daquelas fronteiras. A infanta, cuja idade nessa época (1094) não podia exceder a treze ou catorze anos, foi entregue a Raimundo, mas, segundo parece, debaixo da tutela e guarda do presbítero Pedro, mestre ou aio da jovem princesa. Além de Raimundo, outro nobre cavaleiro francês passara à Espanha naquela época. Era Henrique, seu primo, de ascendência não menos ilustre que ele (…) e que provavelmente veio com Raimundo, seu primo co-irmão. Buscavam, porventura, fortuna na Península, onde no meio de contínuas guerras e conquistas se oferecia amplo teatro para a ambição e para o desejo de adquirir glória. Do mesmo modo que as acções de seu primo, as de Henrique, nos primeiros tempos em que residiu aquém dos Pirenéus, jazem sepultadas em profundas trevas, se é que não foi o principal motivo da sua vinda, como há quem o pretenda acerca de Raimundo, procurar um consórcio ilustre por intervenção da rainha Constância, sua tia. Em tal caso essa vinda seria pouco anterior à época em que o obteve. É certo, porém, que no princípio de 1095 Henrique estava casado com Tarasia ou Tareja (Teresa), filha bastarda de Afonso VI, que, além de Elvira ou Geloira, aquele príncipe houvera de uma nobre dama chamada Ximena Nunes, ou Muniones (…)é que Henrique começou a governar o território portugalense ainda, talvez, nos fins de 1094, ou princípios de 1095, e com certeza, pelo menos o distrito de Braga, nos primeiros meses deste último ano, como conde dependente de seu primo. Por mais curto que suponhamos esse período de sujeição; por mais raros que sejam os vestígios de tal sujeição, ela é indubitável.” In História de Portugal de Alexandre Herculano

Pinos decorativos

correspondente, 15.05.12

Não querendo parecer aqueles ex-fumadores, aqueles que ficam ainda mais “fundamentalistas” contra o tabaco, muito mais que os que nunca fumaram, mas mal comparando, no que diz respeito aos “popós”, por neste momento, não ter um, não quer dizer que seja obrigatório que lhes mova uma guerra sem quartel. No entanto, há coisas que não se entendem. Temos um passeio, de um dos lados, temos prédios, do outro lado, (em frente) a estrada e no início e no final do mesmo, mais outras estradas (outras ruas), para acedermos ao dito passeio, atravessamos uma das estradas (uma das ruas), aonde consta uma passadeira, para sairmos dele, lá mais à frente, idem idem aspas aspas, tanto no início como no final, temos uns pinos no passeio. Até aqui, nada a apontar, no dito passeio, temos pinos, mal acaba uma passadeira e aonde começa a outra. Confusos? Até eu estou, metido no meio dos pinos e das passadeiras (isto com uma fotografia ia melhor)! Problema, é que no lado contrário aos prédios, no passeio, não existem pinos. Conclusão, atravessamos a passadeira, estamos no passeio, passamos os pinos e temos um carro  estacionado em cima do passeio e, depois mais outro e outro e outro, até aos outros pinos e à outra passadeira. Ou seja, volto a repetir, um dos lados do passeio, não tem nenhum pino. Pergunta: Qual é o objectivo de colocar pinos num sítio, se essa colocação não impede totalmente o estacionamento, nesse passeio? Será que estes pinos foram postos ali, apenas e só porque lá ficam bem? Ou, a meio da “empreitada” esgotou-se o stock de pinos ou a verba para mais?

A (graúda) nota da vergonha

correspondente, 09.05.12

Após conferenciar com a restante equipa da “redação” do blogue, dissidi-me a relatar mais um triste episódio passado nos transportes públicos aqui da zona. Embora este espaço não seja propriamente um “balcão de reclamações” desse (ou de outro) serviço, por questões de cidadania (palavra tão em voga por estes dias) não podia deixar de narrar o ocorrido, sob pena de entre o animal irracional e o racional, parecer não existir qualquer diferença. O caso é simples, mas de contornos difíceis de compreender entre “animais racionais”, vulgo “entre humanos”. Pois bem, aqui fica a história: Na zona da Venda Nova, entra na “camioneta” uma “candidata” a passageira, “candidata”, porque infelizmente não passou disso mesmo, que pede um bilhete para o hospital da Amadora (destino da camioneta) e que apresenta uma nota de valor elevadíssimo (??), de 20 euros para pagar a viagem, perante essa nota de valor exorbitante (??), o senhor motorista informa-a de que não tem troco (o bilhete, no mínimo é mais de 2 euros) e, não percebi se lhe fez a proposta “indecente” que parece estar em vigor também na CARRIS, a de ficar com a nota, passar uma guia para a “candidata”, posteriormente, ir levantar esse troco elevadíssimo aonde o diabo perdeu as botas. O certo é que, já que a coisa não se resolvia, o senhor motorista não prosseguiu a viagem e, com a hipócrita frase de desculpa “são as ordens da Empresa”, convidou a “candidata” a abandonar o veículo, ao que esta, primeiramente, ainda se recusou, mas perante a “solidariedade” de alguns passageiros, que tanto insistiram para que saísse, lá ficou “apeada”. E assim se “trata” alguém que quer pagar a viagem, que parece que estava grávida e que não se estava a sentir bem, mas que ousou tentar ir até ao hospital num transporte público, numa carreira de hora em hora, com o “desplante” de só andar na carteira com uma nota tão “graúda”, uma nota de 20 euros! Ainda se fossem os “anjinhos” que entram nos transportes e não “passam cartão” aos senhores motoristas, ainda vá que não vá, agora uma pessoa “normal”, não querem lá ver o abuso!!

Transportes Públicos e Falta de Educação

correspondente, 06.05.12

Ao ler o último post deste blog, veio-me à ideia, como é andar de transportes públicos aqui no concelho.

E, quando falo em transportes públicos, falo sobretudo em camionetas, apelidadas aqui de “carreiras”, porque quanto a outros transportes públicos, ou não existem de todo, ou mal se vêm (e ouvem), como é o caso do comboio.

A “carreira”, por estes lados, é algo pouco visto, fora das horas chamadas de”ponta”. Portanto, apanhar um transporte destes para fazer um percurso de quinze minutos, tratar do que se tem a tratar em meia-hora e depois ficar à espera duas horas para regressar, torna-se pouco apelativo. Daí ter um carro, por muito velhinho que seja, nesta zona, é indispensável. Mas disso, falarei num próximo post.

Ao contrário do que se passa nos “subúrbios” de Lisboa, aqui torna-se interessante recorrer à “carreira”, quando se vai para fora do concelho.

Geralmente são viagens demoradas, mas confortáveis (ninguém pode ir de pé, muito menos tipo “sardinha em lata”); com um bocado de sorte, o motorista até tem bom gosto e leva o rádio sintonizado num posto que passa música gira…Não se pode dizer que seja barato, mas da maneira como estão as coisas, também já foi mais barato circular em Lisboa, nos transportes públicos.

Medo também não me parece que seja algo que assalte quem circula nestes transportes ou os motoristas.

Há no entanto uma coisa que pode acontecer. Se por acaso, a “carreira” em que circulamos apanha os mais miúdos e até mais graúdos a sair das escolas, a viagem, enquanto estes não saem (o que vai acontecendo nas paragens mais próximas a seguir), torna-se um bocado insuportável. E não é por causa da alegria própria da juventude. Se fosse isso, até podia tornar-se contagiante e isso era bom. O problema é mesmo a falta de educação destes mesmos jovens. Ora são mochilas a ocuparem os lugares reservados às pessoas (que não saem do sitio de maneira nenhuma, nem que uma velhinha de noventa anos precise do lugar), ora são gritos despropositados, ora são palavrões (muitos), ora são pontapés nos assentos…

Às vezes, um motorista mais corajoso, levanta a voz, manda-os estar sossegados e ameaça pô-los lá fora…Durante um bocado resulta, depois volta tudo ao mesmo.

Como já disse, o motorista não insiste e não me parece que seja por medo, mas porque certamente acha que não deve ser ele a dar educação a estes jovens, mas sim os papás e as mamãs que estão em casa convencidos que os seus filhos, são uns “anjinhos”!

 

Por: Correspondente no Sobreiro - Mafra