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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Animais Nossos Amigos

correspondente, 23.08.12

Faz exactamente este mês 18 anos que me mudei da cidade para esta zona saloia.

Quando o fiz, trouxe comigo dois gatos já com alguns anos, muito especiais. Apesar de serem gatos da cidade, habituados a explorar telhados, depressa se habituaram às novidades do campo.

Desde que aqui estou, que tenho verificado que a atitude das gentes daqui, em relação a animais de companhia, tem evoluído bastante. Já lá vai o tempo (apesar de ainda se ver) em que a maioria, achava que gato não era animal que pudesse entrar em casa e que só tinha direito a comer espinhas e cão, só tinha direito a estar preso num canto qualquer com uma curta corrente, onde mal se mexia e com o dever de guardar a casa.

Por causa desta atitude, herdei logo que me mudei para aqui, cinco maravilhosos gatinhos acabados de nascer das três gatas do vizinho, gatas essas, que também passei a ser eu a alimentar, cuidar e mimar muito.

Um desses gatinhos foi o Mickey, que “partiu”, o ano passado a 27 de Agosto, deixando muitas, muitas saudades. Assim e em jeito de homenagem a este gato tão especial, vou partilhar aqui, já de seguida, com os caros leitores deste blog, a sua história.

 

“O Mickey

 

Estávamos em Abril e o dia amanheceu radiante.

Das três gatas “grávidas”, só uma é que não tinha tido ainda os seus gatinhos.

Era muito velhota e tivemos receio que não levasse a “gravidez” até ao fim.

Tinha desaparecido de véspera, de manhã cedo e só regressou, naquela manhã radiante, já o sol ia bem alto.

Deixou-nos então o seu presente e, voltou a desaparecer. Estava sem dúvidas, exausta.

Mas o seu presente compensava todos os esforços: tratava-se de um lindo gatinho, muito pequenino, todo cinzento e carequinha!

Como a mãe ficou realmente muita cansada do parto, foi amamentado pelas gatas, que também haviam tido gatinhos há poucos dias.

E foi crescendo, crescendo, assim como os pelinhos que faltavam naquela minúscula cabecinha ao nascer.

Tornou-se um gato enorme e lindo. Hoje tem dezassete anos e é uma excelente companhia.

Dá muitos beijinhos e faz muito rom-rom. Também dá algumas dentadas e arranhadelas, mas nada de grave.

“Não há bela, sem senão” e o importante é que tem valido sempre a pena…”

 

Por: Correspondente no Sobreiro - Mafra

Queridos Amigos

correspondente, 02.08.12

“Os animais, tal como as pessoas, não são perfeitos.

Também fazem as suas asneiras mas conseguem ser, a maior parte das vezes, uma agradável companhia.

Gostar deles e estimá-los deve ser o mínimo que devemos fazer por eles.

Se o fizermos, podemos desfrutar da sua agradável companhia, por muito tempo, sem nunca nos fartarmos!

Se tivermos o privilégio de desfrutarmos da sua agradável companhia por muito tempo, podemos aprender muita coisa: a sua capacidade de lealdade, entre eles (mesmo tratando-se de animais diferentes, como um cão e um gato), a sua capacidade de lealdade para connosco (mesmo quando por motivos alheios à nossa vontade, não lhes podemos dar tanta atenção) a sua capacidade de dar e receber carinho (mesmo quando preferiam estar a dormir uma soneca), a sua coragem, quando por um infeliz acaso, são vitimas de uma doença ou de alguma incapacidade…

Pena é que nem todas as pessoas pensem assim…

Talvez iniciativas como a 1ª Mostra do Animal de Estimação possam fazer algumas pessoas mudar de atitude..”

 

A propósito do último post do autor deste blog, veio-me à ideia este texto escrito por mim, há quase dez anos e publicado na Revista do Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, na rubrica “cartas dos leitores”, por ocasião da 1ª Mostra do Animal de Estimação.

Só para ler e reflectir…

 

 

Por : Correspondente no Sobreiro - Mafra