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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

À Moda de Mafra

correspondente, 21.11.13

Não sou uma “escrava” da moda, mas gosto de estar atenta. Quando começa uma nova estação, há sempre uma peça ou outra, para mim ou para a casa, que me seduz e que acaba por alegrar mais a época em questão.

Ao tomar atenção à moda, sobretudo de roupa feminina, verifiquei que a moda daqui é diferente da moda em Lisboa.

De uma maneira geral, a moda em Lisboa, é mais escura, mais tristonha, mais igual e a daqui, mais garrida, mais alegre, mais romântica até, e mais feminina. E a moda daqui é também mais Portuguesa. Sim, Portuguesa, porque os comerciantes daqui, sejam os das lojas no centro de Mafra ou na lojinha mais escondida dos arredores, fazem questão de comprar o que é fabricado em Portugal. Por esse motivo, acabamos sempre por ter à nossa disposição um produto atractivo, de boa qualidade e a preços idênticos aos de Lisboa.

Este é mais um motivo, pelo qual vale a pena vir a Mafra. Mesmo que não comprem, regalam os olhos com as montras destas lojas, que estão sempre decoradas com muito bom gosto e, se calhar, até levam umas ideias para Lisboa.

E se quiserem mesmo voltar para Lisboa com um aspecto diferente (para melhor), completem o vosso look, num bom Centro de Estética que, também há por aqui, a preços muito convidativos e qualidade Super!

 

Por: Correspondente no Sobreiro - Mafra

1120 Ordem (religiosa e militar) do Hospital

correspondente, 13.11.13

Peço desculpa pela forma “atabalhoada” como “apresso” este período da nossa História (1095-1120), mas apesar de ser um período riquíssimo, temos que avançar. A ideia inicial destes apontamentos históricos, era (e continua a ser) “ligar” o casal de São Brás à Ordem do Hospital e, apesar de para isso ter recuado até aos primórdios da Ordem a nível Internacional,  nesta “crónica”, não chego, a essa “ligação”, mas, sem prejuízo de poder voltar a estes tempos, urge chegar, pelo menos, a Portugal, à entrada “oficial” da Ordem do Hospital neste território.

 

De Raymond do Puy (2º Grão-Mestre da Ordem), de Leça do Balio (1ª referência da Ordem em Portugal) e de outros temas, falarei em futuras crónicas, nesta, “anexei” um extracto da História de Portugal de Alexandre Herculano, no sentido de nos “transportar” até à data pretendida (1120) e, de salientar ou reforçar algumas “ideias” já abordadas anteriormente, por exemplo, a “importância” de Raimundo e, mais propriamente, de Henrique.      

 

Guido de Borgonha (1060-1124), Papa Calisto II, eleito na abadia de Cluny, em 1119. Irmão de Raimundo.(*)  

 

(*) Repito aqui a informação acerca deste Papa, de Calisto II, apenas porque, em 1120, confirmou ou ampliou o “estatuto” da Ordem do Hospital. E como se pode ver, pelo parentesco, Raimundo de Borgonha, aquele que, com Henrique, veio “ajudar” Afonso VI, de facto, estava “bem relacionado.

Por outro lado, de forma ténue, temos, pelo menos, em 1120, Cluny e a Ordem do Hospital relacionadas.     

      

1102 - Unión de los reinos de Hungría y Croacia.

1103 - Paz de Maguncia.

1106 - Imperio Germánico: Finaliza el reinado de Enrique IV.

1109 - Muere Anselmo de Canterbury.

1111 - Tratado de Sutri.

1113 - Pascual II reconoce la Orden de los Caballeros de San Juan.

1118 - Alfonso I de Aragón toma Zaragoza.

1119 - Fundación de la Universidad de Bolonia.

1120 - La Orden de los Caballeros de San Juan se hace militar.

1120 - Se funda la Orden del Temple.

 

“Todavia, em breve a porção dos domínios de Raimundo, desde as margens do Minho até o Tejo, foi desmembrada definitivamente da Galiza para constituir um vasto distrito à

parte regido pelo conde Henrique (…)todo o território desde a margem esquerda do Minho até Santarém se desmembrasse inteiramente da Galiza. Se não supusermos devido exclusivamente o consórcio de Henrique à influência da rainha Constância, a concessão de uma filha própria, bem que ilegítima, feita por Afonso VI a um simples cavaleiro, posto que ilustre, parece provar que ele merecera tal distinção pelos seus méritos pessoais e por serviços feitos na guerra (…)motivos que guiaram o rei de Leão e Castela, é certo que no ano de 1097 Henrique dominava todo o território do Minho ao Tejo, e os estados de Raimundo tinham recuado por esta parte para as fronteiras meridionais da moderna Galiza (…) Casando sua filha Teresa com Henrique, Afonso VI não se limitou a entregar a este o governo da província portugalense (…) As propriedades regalengas, isto é, do património do rei e da coroa, passaram a ser possuídas como bens próprios e hereditários pelos dois consortes.

(…)

Tinha-o precedido o conde de Portugal; porque a sua partida para o Oriente nos primeiros meses de 1103 é hoje irrefragável. Nessa viagem provavelmente o acompanhou Maurício, bispo de Coimbra (…) As acções do conde no Oriente encobre-as escuridade completa, e todas as conjecturas a este respeito seriam infundadas. Unicamente há certeza de que ele tinha voltado a Portugal em 1105 e vivia na corte de Afonso VI em 1106. Nos anos seguintes, até à morte deste príncipe, Henrique aparece residindo, ora junto dele, ora em Coimbra.

(…)

De todos os príncipes que mostravam maior veneração e afecto a Cluni e ao seu poderoso abade nenhum, talvez, igualou Afonso VI; e porventura, o acolhimento que Raimundo e Henrique encontraram no rei espanhol viria em parte de serem ambos parentes de Hugo, a quem Afonso dava o título de pai e a cujo mosteiro desde o tempo de Fernando Magno a monarquia leonesa pagava um tributo

(…)

Foi no meio destas repetidas discórdias e pacificações passageiras que findou a carreira das ambições e esperanças do conde, atalhando-lhe a morte os desígnios; mas o modo, o lugar e as particularidade deste sucesso cobre-os véu impenetrável. Sabemos só que ele faleceu no 1º de Maio do ano de 1114 (…) O seu cadáver foi transportado de Astorga para Braga, em cuja catedral jazem ainda hoje os restos daquele que, até certo ponto, se pode chamar o fundador da nacionalidade portuguesa.”

In História de Portugal de Alexandre Herculano