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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

A “ditadura” dos vizinhos

correspondente, 28.12.14

Viver numa zona urbana, como aqui no casal de São Brás, tem os seus prós e contras. E um dos contras é, na minha modesta opinião, o condomínio. Num prédio, quando somos proprietários de uma fracção, somos “patrões” da porta da nossa casa para dentro, mas depois sobram as partes comuns do dito prédio e, na gestão dessas “partes”, entramos todos, nós e os nossos vizinhos e, aí é que a “porca torce o rabo”.
Como condóminos temos direitos e deveres e, quanto aos deveres, nem vale a pena falar da experiência “única” que é a de se ser administrador, que apesar do nome “pomposo”, no entanto, mal tomamos posse, parece que passamos a ser uns meros subalternos dos restantes vizinhos, nem tão pouco vale a pena falar das intermináveis reuniões de condomínio, onde se fala de tudo e se decide pouco. E, por vezes, se decide pouco e mal.
E aqui chegados, chegamos ao ponto, aos pequenos ditadores em que se transformam os nossos estimados vizinhos, os nossos vizinhos maioritários, que numa votação, por exemplo, decidem, não numa questão de estética, ou algo parecido, mas numa questão de funcionalidade, tão simples como uma fechadura da porta do prédio ser reparada ou não, pura e simplesmente, decidem não a arranjar. A fechadura não abre à primeira? Tenta-se uma vez, outra vez e, ainda outra vez, que ela acaba por abrir. É tudo uma questão de paciência e de “jeitinho”. E quando o jeitinho falta a alguns vizinhos, estes, tocam à campainha, à campainha de outros vizinhos, de outros vizinhos a quem, a paciência, também não é muita, nestas questões “condominianas”!

Há transportes públicos e transportes públicos

correspondente, 17.12.14

Estou em São Brás, a dois passos do METRO, a dois passos da estação da Falagueira (a dois passos é uma maneira de dizer) e, ultimamente é isto, temos ali uma estação fantasma, uma estação fechada. Hoje não há METRO, daqui a uns dias não há METRO, há pouco tempo também não houve METRO e assim sucessivamente.
Temos uma greve anunciada na TAP e é um dramalhão. Temos greves no METRO e são uma nota de rodapé!
A greve na TAP é um transtorno para as famílias. A greve no METRO não sei o que é, pois, nem os políticos nem a comunicação social, se dão a esse trabalho, ao de a classificar!
Claro que sim! Claro que a greve na TAP é um enorme problema para as famílias. Seu cronista pé-rapado! Não se está mesmo a ver que sem os aviões da TAP ninguém consegue chegar ao seu posto de trabalho! Mas quem é o indigente que hoje em dia se desloca, de casa para o trabalho e vice-versa, no METRO? Quem é que não usa o seu aviãozinho da TAP?
Ainda dentro do mesmo tema, transportes públicos (ao incluir a TAP nesta categoria será que deixo de ser tão “careta”?), hoje ouvi um senhor, um senhor responsável de uma associação representativa dos ditos transportes (só um aparte, não sei se a TAP já é associada, mas deve estar a preencher os papeis para tal), um senhor que defendia, para o ano, um aumento nos transportes, por uma questão de princípio e coerência, um aumento em linha com a inflação. Até aqui nada a dizer. O que já não soa assim tão bem, pelo menos não parece lá muito dentro dessa coerência, é o facto de, anteriormente, entre esses aumentos em linha com a inflação, terem acontecido aumentos extraordinários, aumentos justificados com a subida do preço dos combustíveis e, agora, a mesma variável, o combustível, não a sua subida, mas a sua descida, já não justifica mexidas extraordinárias “para baixo” nos preços!
Peço desculpa maçar os caros leitores com problemáticas de pobretanas, contudo, mesmo quando conduzia o meu popó, utilizava os transportes públicos, como alternativa ou como “prolongamento”. Eu sei, “não parece bem”, mas é um facto e, na altura, segundo me lembro, ainda não estava na moda utilizar o aviãozinho para irmos trabalhar, como parece que alguns senhores, alguns senhores esclarecidos, acham que hoje em dia é o meio de transporte que utilizamos por excelência!

Nota: Nem tudo, nesta temática, é mau. Descobri uma inovação, inovação pelo menos para mim, na net, podemos carregar os títulos de transporte.

Pobreza Infantil

correspondente, 04.12.14

Como um “escritor” disciplinado, hoje, na minha agenda, tinha estipulado escrever, aqui, um post. Mas, nada de nada. Não me ocorreu coisa alguma. Assim sendo, “agarro-me” a um conceito, a um conceito que temos ouvido por estes dias, um conceito ou uma realidade que, com toda a certeza, no casal de São Brás, também existirá. Mas que, salvo melhor opinião, para mim está errado, atenção, refiro-me ao conceito e, claro está, não à realidade que procura mostrar.
Segundo entendo, uma pessoa pobre é aquela que não tem rendimentos, ou se os tem, estes são manifestamente inferiores às suas necessidades, ora, uma criança, precisamente por ser criança, não tem “rendimentos”, nem tem que os ter, se a criança é considerada pobre, não é pobre por ela, mas pela família, família que deveria ter os rendimentos necessários, os rendimentos que assegurassem, no mínimo, a subsistência, não só da criança, mas de todos os membros do seu agregado. Portanto, embora aceite que se considere, a criança, o elo mais fraco, mesmo assim, sou contra que, dentro de um agregado pobre, se faça divisões, se criem compartimentos, uma família pobre é uma família pobre, não há mais pobres ou menos pobres, não há apenas crianças, ou apenas jovens, ou mães, ou pais ou avôs, há uma família carenciada, em que, por exemplo, se se consegue perceber que a criança passa fome, imaginem então o resto da família!