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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

O autocarro 34

correspondente, 09.04.15

O autocarro 34 há muito que não existe. Ia da Damaia de cima a Chelas. Chegaram a ser daqueles verdes, dos de 2 andares. Depois vieram aqueles autênticos “tijolos circulantes”, na cor e no feitio, uns Volvos. Mas neste capítulo, no da história, talvez o museu da CARRIS esteja mais habilitado, na preservação da mesma e, portanto, mais habilitado para preservar e divulgar a memória no futuro. Em 1988, cheguei a mudar de emprego, do Conde Barão para Cabo Ruivo, a contar com este autocarro. Era uma viagem longa, portanto demorada, contudo, directa entre a minha casa e esse emprego. Porém, depois de mudar de emprego, esse percurso não durou muito, foi alterado passado meses. Segundo creio, passou a terminar em Sete Rios e, não sei bem se já se tinha “transfigurado” para o autocarro 64 ou se nessa altura ainda ficou como o 34. Depois vieram as estações do METRO das Laranjeiras, do Alto dos Moinhos e a do Colégio Militar (estação terminal) e, aí lá passou a terminar o autocarro 64. Agora é o 764 e vai até à Cidade Universitária. Aos fins-de-semana, até há pouco tempo, ia só até ao já mencionado Colégio Militar. Agora parece que aos fins-de-semana deixou de existir. Em 1988 não sei qual era o intervalo de tempo entre dois autocarros, nem até que horas do dia (ou da noite) se efectuavam. Hoje não utilizo esse autocarro regularmente. Já não moro na Damaia. Quanto aos horários de hoje, na internet, posso lá ir ver, o intervalo entre dois autocarros e qual é o último. Ultimamente o último do dia era pouco depois das 21 horas ou um pouco antes. Se calhar ainda é. Não tenho é muitas dúvidas em que entre o velhinho 34 e este 764, eram mais os autocarros da primeira carreira, eram mais os 34.
E isto tudo para quê? Esta mal-amanhada resenha histórica de autocarros para quê? Para deixar a seguinte pergunta: Com tantas alterações, apenas numa carreira, como querem que se use os transportes públicos? Ninguém trabalha aos fins-de-semana? Aos dias da semana, a partir das 21 horas, também já estamos todos em casa?
Eu sei que estas alterações devem obedecer a conclusões de estudos, a estudos estatísticos, a “medições” da utilização das carreiras, contudo, quanto mais reduzida for a oferta, não será, por isso mesmo, ainda mais reduzida a utilização? Se não serve não se utiliza!
Independentemente disto tudo, os transportes públicos, para uma grande parte das pessoas, infelizmente, têm um grande senão, um senão “camuflado” nas desculpas habituais de quem não anda neles, nas de que não são confortáveis, de que não cumprem horários e etc., têm o senão de serem isso mesmo, públicos!