Não as ciências exactas mas sim as ideias exactas do covidismo
Apenas um acréscimo ao post anterior. Que, creio, atendendo à “batalha” instalada, entre os bons e os maus, aqui, na Amadora, como em todo o lado, importa refletir portanto ainda com maior necessidade.
No mundo simplório que esta pandemia veio instalar, este, segundo me parece, divide-se em dois grupos, o dos que se portam mal e o dos que se portam bem. Os primeiros ficam infetados por isso mesmo, porque se portam mal, não cumprem as regras, os outros, os bem-comportados, são infetados pelos primeiros, pelos que não têm juízo nenhum. Bom até aqui, isto não tem nada que enganar, os irresponsáveis infetam os responsáveis e a ordem das coisas está explicada e não nos dá mais dores de cabeça. Mas os irresponsáveis são infetados por quem? Pois claro, por outros irresponsáveis e assim a lógica não sofre abalos. Mas se é assim, os irresponsáveis infetavam apenas outros irresponsáveis, a coisa andava por ali, era lá com eles e pronto. Mas não é assim, chega aos responsáveis, acontece até os responsáveis infetarem outros responsáveis e isto foge à lógica simplista, ou nestes casos, os responsáveis passam a ser irresponsáveis? Que confusão, o melhor mesmo, para não pensar muito, é voltar ao início, os irresponsáveis infetam os responsáveis, os bem-comportados e não se fala mais nisto.
Mas como temos “miolos”, dá-nos para pensar e, dados os factos, não aceitar assim de bandeja a anterior teoria simplista e, partir para a equação de outras. O risco que corremos nestes casos, em tentar encontrar explicações, tal como acontece nesta teoria muito básica, a dos maus e a dos bons, é partirmos para um modelo e, depois, tudo que não encaixa nele, deixamos de fora, para não “estragar” a lógica encontrada. Mas mesmo assim arrisco, se os bem-comportados, os que cumprem as regras, são infetados, isto não terá muito que saber, as regras não são escassas mas são sim ineficazes, ou pelo menos, pouco eficazes e, portanto estão a dar-nos aquela sensação, para a qual, no início disto tudo, as autoridades nos alertavam, quanto ao uso das máscaras, o de uma falsa sensação de segurança, por exemplo. Portanto, seria bom, enquanto isto durar, em primeiro lugar, não dar como milagrosas e certas, todas as regras, cumprir, mas não de modo fundamentalista ou covidista tudo e mais alguma coisa e, talvez, não diabolizar tanto os outros.
Nota de rodapé: Ainda estou para perceber o porquê de no início as autoridades considerarem o uso das máscaras inadequado. Se, por exemplo, noutras latitudes, este procedimento já era uma prática comum contra o contágio da gripe. Ou não é mesmo eficaz neste caso e andamos a ser induzidos em erro apenas para não nos enfiarmos em casa debaixo da cama até que isto se vá embora, porque, na verdade não têm nenhuma certeza quanto á sua eficácia e, vai sendo mais fácil culpar os outros e assim tentar manter quase todos a trabalhar, ou então não sei mesmo qual foi a ideia. Dirão os entendidos, foi, apenas, resultado da evolução do conhecimento científico. Pois que assim seja. Não percebo é como é que o vírus se transmite então mesmo usando as devidas “proteções” contra ele, ou será que os responsáveis, por vezes, não as usam? Pois não existe terceira hipótese, ou as “proteções” não são eficazes, ou então são, mas os ditos responsáveis, são tão irresponsáveis, em alguma parte do seu dia-a-dia, como os outros.