Autárquicas em Mafra
Depois de vinte e oito anos à frente da Câmara Municipal de Mafra, o Presidente, que para além deste título, era Engenheiro de profissão e Ministro de nome, José Ministro dos Santos, lá deixou o lugar vago para os vindouros.
De qualquer forma, manteve-se o PSD na Câmara, mas sinceramente não sei se este novo Presidente, Hélder Sousa Silva, Engenheiro de profissão, teve o apoio do anterior, ou não.
Uns dias antes das Eleições a 29 de Setembro, lá ouvi os carros com a sua propaganda, para trás e para diante, mas sem os exageros de outros tempos, pois os tempos actuais são de contenção e o combustível está caro.
Há dezasseis anos, também eu estive envolvida em campanha eleitoral e tal, para além de me ter trazido um marido que ainda está a meu lado, fez-me ganhar uma maior sensibilidade para as questões da “terra”.
Para mim as Eleições Autárquicas são isso mesmo, eleições para quem vai governar a nossa “terra”. Por isso mesmo, são, ou será que já não são, as eleições em que os candidatos estão mais próximos das pessoas e em o que conta mais são as pessoas e não tanto os partidos políticos.
Há dezasseis anos, o partido que ficou na Junta de Freguesia à qual eu também era candidata, não foi o partido que me propôs tal candidatura, mas realmente fez muitas coisas boas, algumas delas ultrapassando assim preocupações expostas na minha lista.
Por isso, eu continuo a achar que é sempre importante a participação activa de todos, neste tipo de Eleições. Contudo, a maneira como se tem feito politica de há uns anos para cá, está a saturar as pessoas, sobretudo os mais jovens.
Pelo que eu me apercebi, os jovens desinteressaram-se e não foram votar.
A continuar assim, qualquer dia a abstenção em vez de ser de 50% é de 100%.
Seria bom que os partidos políticos começassem a fazer politica à séria, para que esta tendência se invertesse.
Viver em Democracia não é um dado adquirido para todos os países e Votar em Liberdade, também não!
Por: Correspondente no Sobreiro - Mafra