Despertador natural
Por muito estranho que pareça, pode ser uma coisa agradável, acordar às 5 e tantas da manhã. E tudo por causa de um galito e o seu canto madrugador. No campo, isto não têm nada de mais, mas na cidade, despertar com o canto “esganiçado” de um galo, apesar na hora, ao invés de ser por causas menos campestres, mais urbanas, como um carro a arrumar, ou outro a partir, ou as primeiras idas e vindas dos transportes públicos ou até mesmo o regresso da “noite” de algum grupo “pedestre” (que ultimamente, ou por uma espécie de ritual ou por outra coisa qualquer, “adoram” subir aqui a rua do “lado”, de se fazerem ouvir bem alto e de parar bem nas imediações da minha janela, talvez para ganhar ânimo, certo, certo é que a “algazarra” não pára), por isso mesmo e pela “ilusão” de que estou algures numa aldeia, no “Portugal profundo”, não deixa, de facto, de ser muito mais agradável esse despertar, ainda antes de o Sol nascer (imagino eu, pois mesmo assim, por muito agradável que seja, as minhas pálpebras não se abrem nem por nada, nem para verificar isso mesmo, se o astro rei já nasceu). Ainda por cima, na cidade, galo, galo, só se vê no supermercado e transformado em frango depenado, quanto mais ouvir o seu “cocorococó”!