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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Os números não mentem

correspondente, 05.02.21

Agora é que é , este texto, será o último acerca do tema! Será mesmo?

 

A propósito do COVID-19 em Portugal, dos números noticiados, os números, não se duvida, não mentem, mas é um facto, baralham muito.

 

“Penedono é o concelho com maior incidência acumulada da infecção, 7 mil e tal por cem mil habitantes”.

 

As contas, a estatística, as médias, a proporcionalidade, a lógica, não sei aqui qual é o termo certo que se aplica, eu não as ponho em causa, devem estar todas certas, mas dão uma ideia errada e, isso sim, uma ideia distorcida da realidade.

 

Sem intenção, acredito, mas ou são bem explicados, ou, números e termos técnicos, nem devem ser noticiados.

 

Penedono, afinal, em concreto, tem 60 e tal casos activos, num total, a nível nacional, de 160 mil e tal casos activos.

 

Penedono, o concelho, tem cerca de 3 mil habitantes. Amadora, por exemplo, tem quase 200 mil habitantes.

 

Não sei quais são os números, na Amadora, por cem mil habitantes, da taxa de incidência, contudo, por estas contas, devem ser abaixo daquelas apresentadas para Penedono, mas, de concreto, o número de habitantes infetados, activos, na Amadora, não devem andar pelo diminuto, com o devido respeito, número de 60.

 

A proporcionalidade consegue colocar 7 mil e tal habitantes onde só existem cerca de 3 mil.

 

E, atenção, os números não estão errados.

 

Enfim, este apontamento, serve para os números da actual pandemia, bem como, para tantos outros em geral.

 

Por último, acredito, em Penedono, estes 60 habitantes infetados actualmente, motivam preocupação, como não poderá deixar de ser, mas apresentar Penedono como o caso mais preocupante em Portugal, volto a frisar, distorce a realidade.

Quem semeia ventos colhe tempestades

correspondente, 29.01.21

Este será o último texto dedicado ao tema.

 

Não quero ser acusado de ser tão pouco intolerante na defesa do meu ponto de vista, tal como, de certo modo, considero, os outros,  os do outro lado da barricada, Os que acham que a culpa é dos outros.

 

Em Março do ano passado, nos primeiros dias de confinamento, pandemia à parte, os seus perigos à parte, confesso, não ganhei para o susto inicial.

 

Numa manhã de Sábado vou às compras. Num supermercado, aqui em São Brás, para entrar, uma fila considerável, primeiro sinal. Depois, lá dentro, legumes, nada, fruta, nada, carne, nada, conservas, alguma coisa, álcool e papel higiénico, foi o que se viu, lixivia, nada. Bom, foi comprar o que se conseguiu, pão e pouco mais e, sair dali, bastante preocupado.

 

De tarde, vai-se tentar uma mercearia de bairro e, nada de filas, fruta e legumes em abundância, fiquei mais descansado.

 

Peixe, no congelador havia, portanto, noutro dia, foi-se ao talho, tentar abastecer-nos da carne em falta. Uma fila enorme. Pessoas a saírem, passe o exagero, com vacas e porcos inteiros nos sacos. Lá comprei alguma coisa.

 

Tentei compras online. Entrega para dali a um mês. Ficou encomendado, mas, a preocupação aumentou.

 

Com o passar dos dias, felizmente, uma certa normalidade, produtos nas prateleiras, menos filas, aconteceu e veio para ficar.

 

Entretanto, num destes primeiros dias, deste novo confinamento, passo em frente a esse talho, o primeiro que me tinha dado um sinal, um sinal de que haveria alguma normalidade, apesar das vacas e porcos inteiros a saírem nos sacos pela porta fora e, volto a ficar apreensivo, o talho estava fechado, na porta um aviso, o pessoal está em isolamento, reabre a X. Pelo menos, nesta altura, produto não falta, falta quem o venda.

 

Existem mais talhos por aqui e, felizmente, estão todos abertos. Nos supermercados, as prateleiras, felizmente, estão “compostas”. Mas, para mim, ver aquele talho, logo aquele, fechado, foi um mau presságio.

 

Quanto a semear ventos e depois sofrer as consequências, esta referência a um ditado popular, não tem tanto a ver com o que foi escrito anteriormente mas, mais com a medida, que sinceramente não estou a ver o que procura salvaguardar, de fecho de fronteiras, do autoconfinamento do país anunciado pelo nosso Presidente.

 

Aliás, pelo que se vai observando, nem precisávamos de tomar essa atitude, pois, outros países já o estão a fazer em relação a nós.

 

O problema é que não somos autossuficientes em coisa nenhuma e se começa a ser difícil chegar alguma coisa aqui, aí sim, se calhar, vamos ter sérios problemas.

 

Parece que, os nossos motoristas, já começam a sentir algumas dificuldades, em circular  por essa europa fora.

Não as ciências exactas mas sim as ideias exactas do covidismo

correspondente, 03.12.20

Apenas um acréscimo ao post anterior. Que, creio, atendendo à “batalha” instalada, entre os bons e os maus, aqui, na Amadora, como em todo o lado, importa refletir portanto ainda com maior necessidade.

 

No mundo simplório que esta pandemia veio instalar, este, segundo me parece, divide-se em dois grupos, o dos que se portam mal e o dos que se portam bem. Os primeiros ficam infetados por isso mesmo, porque se portam mal, não cumprem as regras, os outros, os bem-comportados, são infetados pelos primeiros, pelos que não têm juízo nenhum. Bom até aqui, isto não tem nada que enganar, os irresponsáveis infetam os responsáveis e a ordem das coisas está explicada e não nos dá mais dores de cabeça. Mas os irresponsáveis são infetados por quem? Pois claro, por outros irresponsáveis e assim a lógica não sofre abalos. Mas se é assim, os irresponsáveis infetavam apenas outros irresponsáveis, a coisa andava por ali, era lá com eles e pronto. Mas não é assim, chega aos responsáveis, acontece até os responsáveis infetarem outros responsáveis e isto foge à lógica simplista, ou nestes casos, os responsáveis passam a ser irresponsáveis? Que confusão, o melhor mesmo, para não pensar muito, é voltar ao início, os irresponsáveis infetam os responsáveis, os bem-comportados e não se fala mais nisto.

Mas como temos “miolos”, dá-nos para pensar e, dados os factos, não aceitar assim de bandeja a anterior teoria simplista e, partir para a equação de outras. O risco que corremos nestes casos, em tentar encontrar explicações, tal como acontece nesta teoria muito básica, a dos maus e a dos bons, é partirmos para um modelo e, depois, tudo que não encaixa nele, deixamos de fora, para não “estragar” a lógica encontrada. Mas mesmo assim arrisco, se os bem-comportados, os que cumprem as regras, são infetados, isto não terá muito que saber, as regras não são escassas mas são sim ineficazes, ou pelo menos, pouco eficazes e, portanto estão a dar-nos  aquela sensação, para a qual, no início disto tudo, as autoridades nos alertavam, quanto ao uso das máscaras, o de uma falsa sensação de segurança, por exemplo. Portanto, seria bom, enquanto isto durar, em primeiro lugar, não dar como milagrosas e certas, todas as regras, cumprir, mas não de modo fundamentalista ou covidista tudo e mais alguma coisa e, talvez, não diabolizar tanto os outros.

 

Nota de rodapé: Ainda estou para perceber o porquê de no início as autoridades considerarem o uso das máscaras inadequado. Se, por exemplo, noutras latitudes, este procedimento já era uma prática comum contra o contágio da gripe. Ou não é mesmo eficaz neste caso e andamos a ser induzidos em erro apenas para não nos enfiarmos em casa debaixo da cama até que isto se vá embora, porque, na verdade não têm nenhuma certeza quanto á sua eficácia e, vai sendo mais fácil culpar os outros e assim tentar manter quase todos a trabalhar, ou então não sei mesmo qual foi a ideia. Dirão os entendidos, foi, apenas, resultado da evolução do conhecimento científico. Pois que assim seja. Não percebo é como é que o vírus se transmite então mesmo usando as devidas “proteções” contra ele, ou será que os responsáveis, por vezes, não as usam? Pois não existe terceira hipótese, ou as “proteções” não são eficazes, ou então são, mas os ditos responsáveis, são tão irresponsáveis, em alguma parte do seu dia-a-dia, como os outros.