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Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Correspondente no Casal de S. Brás

Objectivo: ”coscuvilhar” assuntos aqui da terrinha e arredores.

Uma questão de moda

correspondente, 19.06.12

De facto, no que se refere ao politicamente correcto, é tudo uma questão de estar na “moda” ou não. Hoje em dia, as hortas comunitárias, sob a “tutela” das câmaras municipais, nascem como cogumelos. Ainda nem fui ver se a da Amadora também as têm, mas parece que sim. Curioso, aqueles que hoje se colocam na crista dessa “onda”, são os mesmos que anos atrás, “intimaram” ou “intimidaram” alguns moradores a deitar abaixo as hortas que tinham à sua porta, hortas ilegais, hortas que ocupavam terrenos municipais ou privados, terrenos, que posteriormente ficaram ao abandono. Agora esses mesmos moradores têm, por enquanto, perto da sua porta, uma horta, supostamente comunitária, mas à revelia da autarquia. Sim, supostamente comunitária, ou então, verdadeiramente comunitária, pois o “leque” de “hortelões” parece ser de tal modo alargado que, moradores da zona, poucos ou nenhuns fazem parte dele. Imagino como se devem sentir esses moradores, cujo “vestígio” da sua horta, hoje, se resume a uma roseira com uma trepadeira de maracujás “dependurada nela. Mas como a memória não pode ser apagada ou alterada, aqui fica um excerto de uma futura “obra-prima”: “… A este propósito poderei acrescentar o caso relacionado com as hortas que alguns dos nossos “citadinos” pais, um pouco mais tarde, se lembraram de fazer bem à frente das suas casas, ocupando parte das “traseiras”. Diga-se de passagem, com grande descaramento, sem nos pedirem autorização (…) Voltando às hortas, ou mais propriamente à horta dos meus pais, como é natural a “origem” dos pés de feijão, dos tomateiros ou das couves era “made in traseiras”, mas já quanto às árvores de fruto, umas sim, tinham nascido ao acaso de algum caroço para ali atirado enquanto outras como era o caso da Ginjeira, acho que eram duas, tinham sido uma “herança” da Quinta Grande, uma pequena contribuição, desse mundo que estava gradualmente a desaparecer. Uma pequena contribuição, mas não a única, para essa “viçosa” horta, como a seguir o caro leitor poderá constatar.

A faixa de terreno onde o meu pai, alfaiate de profissão, se quis “armar” em agricultor, tal como o nosso segundo campo de treinos, não carecia de falta de pedregulhos como aliás já sobejamente referimos. Contudo, para além das pedras, eu sei, o incrédulo leitor nem acredita no que acabou de ler: Pedras, ele falou outra vez de pedras! Será que isto nunca mais vai acabar!? Fique o leitor sossegado, vou já encaminhar a narrativa noutro sentido. Como ia dizendo, para além das pedras, o terreno tinha também misturado entulho de obras mas, mesmo assim, não é que nasciam por lá alguns produtos hortícolas? E não é que até eram bons? No entanto, o olho “clínico” para a “coisa”, ou seja para trapos e linhas, do meu pai (e não é que acertou?) disse um dia: Nós havemos de ir à Quinta pedir estrume para a horta… Isto ficava com outro aspecto! E se assim o disse, assim o fez. O “nós havemos de ir”, era comigo, por isso lá fui, não muito entusiasmado, pois estrume, nunca o tinha visto nem cheirado, mas já possuía a informação teórica do que era. Entrámos aos portões e depois de o meu pai ter explicado a um empregado ao que vinha este levou-nos junto das cavalariças ou das pocilgas, ou das duas coisas e apontando para o que parecia ser um monte de palha ofereceu-nos uma saca dizendo para nos servirmos. Junto ao monte estava uma pá e enquanto eu abria a saca e pensava que afinal aquilo não tinha assim tão mau aspecto, o meu pai pegou na pá e zás aí vai uma pazada. Escusado será dizer que o pequeno-almoço só não me veio à boca porque já devia estar quase na hora do almoço, mas que tirou o apetite para esse almoço, lá isso tirou!”

 

O diz que disse

correspondente, 26.10.11

O Homem, o suposto animal “inteligente” ou racional, ainda que uma coisa possa não ser sinónimo de outra, é de facto muito “pequenino” em comparação com os restantes animais, por exemplo, no que respeita ao comportamento para com os seus semelhantes ou para com o mundo que o rodeia. Na rua, duas pessoas têm uma conversa um pouco mais “acalorada” acerca de algo que lhes diz respeito, mas também dirá respeito a um leque maior de pessoas da vizinhança e, até parece que ninguém se apercebeu de nada, no entanto, dias mais tarde a versão “revista e melhorada” da “conversa” é contada por alguém que, atendendo à localização da sua casa, ou tem muito bom ouvido, ou os dois “discordantes” usaram megafones ou, hipótese mais provável, todo o quarteirão assistiu à “telenovela”, mas escondido atrás das cortinas das suas janelas (como convêm) e depois é só pôr a circular o “diz que disse”. Enfim, aliás, à semelhança do que se passa no mundo real, também por aqui no virtual os comportamentos, por vezes, são idênticos. Peço desculpa pela expressão, mas parece existir uma “massa amorfa” que, defronte do seu monitor, “devora” tudo o que alguns escrevem, concorda ou discorda com o que acaba de ler, mas ali fica sossegadinha “atrás da cortina”, é de facto tão cómodo, porém tão “insonso”.

Adivinhos e hortas (supostamente) populistas

correspondente, 19.09.11

Mas porque será que este mundo está cheio de “bons rapazes”, sempre prontos a ajudar a “velhinha” a atravessar a rua, mesmo que ela não o queira? Por outras palavras, porque será que, uns tantos “bons Rapazes”, de um momento para o outro, se lembram de fazer umas “coisas” (ainda bem para eles, é sinal de que têm ideias), mas depois, ao tentar “impingir” a “coisa” aos outros, a uns, intitulam-se representantes de outros e junto desses outros, insinuam-se como “adivinhos” das suas vontades. Concretizando, um grupo de senhores, lembrou-se de “transformar” um local descuidado, numa viçosa horta, até aqui, nada a censurar, o problema é quando se dá o nome à ideia de horta comunitária, pois o local descuidado era público e se diz que “os moradores querem isto e mais aquilo” e, entretanto se agenda reuniões com eles, com mais e mais projectos para o local, projectos que os senhores adivinhos, adivinharam (passe a redundância) que os senhores moradores, sempre desejaram para ali, bem como, estes últimos, sempre desejaram que, os senhores adivinhos, “administrem” a comunitária horta e também que, estes sejam os seus “procuradores”, nas suas supostas reivindicações!

Pavilhão abaixo

correspondente, 13.09.11

Com protestos ou sem protestos, por parte dos senhores Hortelões, aí foi o pavilhão abaixo, pavilhão, que provavelmente, conheciam a algum tempo, sem dúvida alguma, talvez há meia dúzia de meses, ou há um ano ou dois, não? Apenas assinalo o acontecido, porque, esta demolição, acaba por “simbolicamente” marcar, o fim de um espaço, pelo menos, como eu o conheci, o fim das “traseiras”. As “TRASEIRAS”, UM SÍTIO, AONDE, HÁ 35 ANOS, O PAVILHÃO, PARA ALÉM DA SUA FUNÇÃO PRINCIPAL, A DE SER UM COLÉGIO PARTICULAR, TAMBÉM FAZIA PARTE DO vastíssimo “TERRITÓRIO” DOS PUTOS QUE, NAQUELAS “TRASEIRAS” (PRACETA Luís Verney?), por ali, iam percebendo que tinham “asas” e que podiam “voar”.

Horta ou Pavilhão comunitário?

correspondente, 11.08.11

Ora muito bem, como ia dizendo, a trapalhada está ao rubro, os senhores Hortelões estão em pé de guerra, pois não é que a Câmara da Amadora ou a Junta de freguesia da Damaia, quer destruir, imaginava eu, a horta, mas afinal, o alvo é o pavilhão abandonado. Pergunta ingénua e de quem não percebe nada de couves: Então se o alvo é um pavilhão, porque carga de água é que os senhores Hortelões andam assim tão “sentidos” com as Autoridades? Certo, agora é o pavilhão e seguir vai a horta, até porque, segundo consta, para aquele local, estará previsto, não um espaço verde, mas sim, um lindo e alcatroado parque de estacionamento. E segundo os senhores Hortelões, eles tinham planos também para o pavilhão, óptimo, ainda bem que existe gente com espírito empreendedor, com vontade de fazer coisas em locais que não lhes pertence, do mal, o menos, se aquilo está ao Deus dará, haja alguém que lhe dê uso e já agora que o uso seja de facto comunitário, mas que o comunitário não seja muito abrangente, que se restrinja aos habitantes locais. Quanto ao velho pavilhão, a verdade é que, por estes dias, segundo parece, o dito pavilhão, de abandonado, pelo menos à noite, já não tinha nada.

Hortas comunitárias

correspondente, 10.08.11

Notícias ali do lado, agora parecem estar na moda as hortinhas comunitárias. As Câmaras Municipais “arranjam” o terreno e mediante inscrição, posteriormente seleccionam e distribuem as parcelas aos interessados. Na Damaia, parece que tudo é feito ao contrário. Há uns anos, a própria Câmara “intimou” alguns moradores a “desmantelarem” as hortas que tinham nas traseiras de uns prédios, lá se foram as alfaces, os tomates e as árvores de fruto. Desde aí, essas traseiras, para além de um pavilhão (segundo parece, ao abandono) vai tendo osgas, ratos e muita vegetação, que de quando em vez, lá acaba por ser cortada, para voltar a crescer, enfim, é natural o entretêm, sempre vai justificando alguma actividade e a mão-de-obra empregues na árdua tarefa de cortar o “matagal”. Contudo, agora (o agora, será a menos de um ano, não?) para compor o ramalhete, temos os Hortelões, que segundo parece, mais ou menos no mesmo sítio aonde existiam as antigas hortas, “inventaram” uma horta comunitária, digo inventaram porque: A Câmara não foi tida nem achada no processo e segundo creio, não andam por lá os moradores todos, nem mesmo aqueles que foram obrigados a “arrasar” as suas hortas anteriormente. Mas como a prosa já vai longa, havemos de voltar ao tema, até porque parece que vai por lá uma mini-guerra, entre Hortelões e Câmara.